A VERDADEIA HISTÓRIA DOS TRÊS PORQUINHOS

"Será que a história dos três porquinhos ocorreu daquele jeito mesmo?"

Em todo o mundo, as pessoas conhecem a história dos Três Porquinhos, ou pelo menos acham que conhecem, mas eu vou contar um segredo, ninguém conhece a história verdadeira, porque ninguém jamais escutou o outro lado da história.

Eu não sei como começou este papo de Lobo Mau, mas está completamente errado. Talvez seja por causa da alimentação dos lobos. Olha, não é culpa deles se lobos comem bichinhos engraçadinhos como coelhos e porquinhos. É apenas o seu jeito de ser. Se os cheeseburgers fossem uma gracinha, todos iam achar que nós é que somos Maus.

Mas como eu estava dizendo, todo esse papo de Lobo Mau está errado. A verdadeira história é sobre um espirro e uma xícara de açúcar.

Naquela época, o lobo estava fazendo um bolo de aniversário para sua querida vovozinha. Ele estava com um resfriado terrível, espirrando muito e ficou sem açúcar.

Então resolveu pedir uma xícara de açúcar emprestada para o seu vizinho. Agora, esse vizinho era um porco, e não era muito inteligente também. Ele tinha construído a casa de palha. Dá para acreditar? Quero dizer, quem tem a cabeça no lugar não constrói uma casa de palha. E quando o lobo bateu, a porta caiu. O lobo não é de ir entrando assim na casa dos outros. Então chamou: “Porquinho, você está aí?” Ninguém respondeu.

Ele já estava a ponto de voltar para casa sem o açúcar para o bolo de aniversário da sua querida e amada vovozinha. Foi quando seu nariz começou a coçar. Sentiu o espirro vindo. Então ele tentou segurar mas não deu, e soltou um grande espirro.

Sabe o que aconteceu? Aquela maldita casa de palha desmoronou inteirinha. E bem no meio do monte de palha estava o Primeiro Porquinho, mortinho da silva. Ele estava em casa o tempo todo. Seria um desperdício deixar um presunto em excelente estado no meio daquela palha toda, então o lobo o comeu.

Ele estava se sentindo um pouco melhor, mas ainda não tinha sua xícara de açúcar. Então foi até a casa do próximo vizinho, esse era um pouco mais esperto, mas não muito, tinha construído a casa com lenha. O lobo tocou a campainha mas ninguém respondeu. Chamou: “Senhor Porco, senhor Porco, está em casa?”

Ele gritou de volta: “Vá embora Lobo. Você não pode entrar. Estou fazendo a barba de minhas bochechas rechonchudas”. Ele tinha acabado de pegar na maçaneta quando sentiu outro espirro vindo. Novamente tentou segurar, e tentou cobrir sua boca, mas soltou um grande espirro. Você não vai acreditar, mas a casa desse sujeito desmoronou igualzinho à do irmão dele.

Quando a poeira baixou, lá estava o Segundo Porquinho, mortinho da silva. Na certa você sabe que comida estraga se ficar abandonada ao relento, então fez a única coisa que tinha de ser feita, jantou de novo. Era o mesmo que repetir um prato. Ele estava ficando tremendamente empanturrado. Mas estava um pouco melhor do resfriado.

E ele ainda não conseguira aquela xícara de açúcar para o bolo de aniversário da sua querida e amada vovozinha, então foi até a casa do próximo vizinho. Esse sujeito era irmão dos outros porquinhos, devia ser o crânio da família. A casa dele era de tijolos. O lobo bateu na casa de tijolos. Ninguém respondeu. Ele chamou: “Senhor Porco, o senhor está?” E sabe o que aquele leitãozinho atrevido respondeu? “Caia fora daqui, Lobo, não me amole mais.”

E não venham acusar o lobo de grosseria! Ele tinha provavelmente um saco cheio de açúcar e não ia dar nem uma xicrinha para o bolo de aniversário da vovozinha do lobo. Que porco! O lobo já estava quase indo embora para fazer um lindo cartão em vez de um bolo, quando sentiu um espirro vindo, e espirrou de novo.

Então o Terceiro Porco gritou: “E a sua velha vovozinha pode ir às favas.” Sabe o lobo é um cara geralmente bem calmo. Mas quando alguém fala desse jeito da sua vovozinha, ele perde a cabeça. Quando a polícia chegou, ele estava tentando arrebentar a porta daquele Porco, e todo o tempo ele estava espirando e fazendo uma barulheira.

O resto, como dizem, é história.
O lobo teve um azar: os repórteres descobriram que ele tinha jantado os outros dois porcos e acharam que a história de um sujeito doente pedindo açúcar emprestado não era muito emocionante. Então enfeitaram e exageraram a história como todo aquele negócio de “assoprar e derrubar sua casa”.

E fizeram do lobo um Lobo Mau. É isso aí, esta é a verdadeira história. O lobo foi vítima de armação. “Mas talvez você possa o emprestar uma xícara de açúcar”.

É UMA PUTA SACANAGEM COMO LOBO NÃO É?!